sexta-feira, 18 de maio de 2012

Amor de Amigo

O distintivo do cristão, o mandamento maior, é o amor. Mas o amor, tão cantado em verso e banalizado em prosa, pode ser tudo e nada. Pode até ser uma abstração romântica incapaz de se expressar em gestos concretos.
O amor de que Jesus fala, no entanto, é aquele que ele demonstrou em vida. Amor de quem se fez amigo e aos amigos tudo revelou com confiança.
Amor de amigo é o amor de quem conhece o outro e sabe que pode confiar nele. Não é o amor de contrato, de papel passado, mas o amor gratuito, de quem se doa porque simplesmente ama, sem esperar nada em troca. E se o Mestre espera algo em troca, é tão somente que experimentemos seu amor e permaneçamos nesta mesma dinâmica de doação, sendo amigos dele entre nós. Amor de amigo, enfim, não se baseia no medo, mas na fraqueza e na coragem, pois só tem medo do outro quem não o conhece.
Ao nos revelar o rosto e a vontade do Pai, Jesus nos tem como amigos e confia em nós para que, cumprindo seu mandamento de amor, não joguemos fora a dignidade de filhos queridos do Pai.
Este amor maior, de quem dá a vida pelos amigos, Jesus demonstrou por nós indo à procura de todos: curando quem estava doente, levantando quem estava caído, ressuscitando quem estava morto. Jesus não fez teorias sobre o amor, mas ensinou em cada uma de suas ações que uma vida que se doa concretamente por amor só pode ser marcada pela felicidade e pelos frutos.
É o próprio Jesus quem nos escolhe porque nos ama, e esta certeza nos envolve numa confiança fundamental, a dos amigos que buscam a autêntica alegria, aquela que dura para sempre e que só pode vir de Deus.
E então o Mestre nos pede, uma vez mais, que nos amemos uns aos outros. Não de qualquer jeito, não com teorias, mas como ele mesmo nos amou. Nossa felicidade terá enfim, o tamanho das amizades que nosso amor tive contruído.
Pe. Paulo Bazaglia.         

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