sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

FAÇA DO SOFRIMENTO UMA PONTE PARA NOVOS CAMINHOS

  Certa vez um homem tinha que fazer uma viagem transportando uma grande cruz que se arrastava pelo chão. No meio do caminho ele já se sentia desanimado, pois estava muito difícil transportá-la. Foi então que teve uma idéia: arranjou um serrote, cortou a cruz pela metade e seguiu seu caminho feliz, pois agora carregá-la tinha se tornado uma tarefa muito fácil.
   Andando mais alguns quilômetros, deparou-se com um abismo que atravessava seu caminho e, para conseguir chegar ao seu destino, teria que ultrapassá-lo. Como não havia ponte, a única maneira de chegar ao outro lado era usando sua cruz para a travessia. Ao tentar, porém, constatou que ela agora era muito curta e não alcançava o outro lado. Então o homem sentou-se e chorou amargamente por ter cortado a cruz, pois anteriormente tinha a medida exata para a sua travessia. E assim ele ficou à beira do caminho.

   NÃO DEVEMOS TENTAR NOS LIVRAR DO SOFRIMENTO A QUALQUER CUSTO, POIS ELE SERVIRIA DE PONTE, TENDO A MEDIDA EXATA PARA ALCANÇARMOS NOVOS CAMINHOS.

Fazendeiro e a cegonha

Achando que corvos estavam destruindo o milho recém plantado de sua fazenda, um agricultor, certa noite, distendeu uma rede em seu campo como uma armadilha para apanhar os destrutivos pássaros. Na manhã seguinte ele foi examinar o resultado. Ele encontrou preso à rede um grande número de corvos e também uma cegonha. “Liberte-me, peço-te”, gritou a cegonha, “pois não comi milho algum de sua plantação, nem fiz nenhum mal. Eu sou uma pobre e inocente cegonha, como você pode ver. Sou um pássaro muito obediente. Eu honro meu pai e minha mãe. Eu. .. ” Mas o agricultor retirou-lhe a palavra. ”Tudo isso pode ser verdadeiro, eu diria, mas eu te peguei junto com pássaros que estavam destruindo a minha plantação e você deve sofrer com o grupo com o qual você foi encontrado. ”

 As pessoas são julgadas pelas sociedades que mantêm.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O cavalo no poço

Um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar nos trabalhos em sua pequena fazenda. Um dia, seu capataz veio trazer a notícia de que um dos cavalos havia caído num velho poço abandonado.
O fazendeiro foi rapidamente ao local do acidente e avaliou a situação. Certificando-se de que o animal não se machucara, mas, pela dificuldade e o alto custo de retirá-lo do fundo do poço, achou que não valeria a pena investir numa operação de resgate.
Tomou então a difícil decisão: determinou ao capataz que sacrificasse o animal, jogando terra no poço até enterrá-lo, ali mesmo.
E assim foi feito: os empregados, comandados pelo capataz, começaram a jogar terra para dentro do buraco de forma a cobrir o cavalo.
Mas, à medida que a terra caía em seu dorso, o animal a sacudia e ela ia se acumulando no fundo, possibilitando ao cavalo ir subindo. Logo, os homens perceberam que o cavalo não se deixava enterrar, mas, ao contrário, estava subindo à medida que a terra enchia o poço, até que finalmente, conseguiu sair.
Sabendo do caso, o fazendeiro ficou muito satisfeito e o cavalo viveu ainda muitos anos servindo ao dono da fazenda.
Se você estiver “lá embaixo”, sentindo-se pouco valorizado, quando, já certos de seu desaparecimento, os outros jogarem sobre você terra da incompreensão, da falta de oportunidades e de apoio, lembre-se desse cavalo. Não aceite a terra que cai sobre você. Sacuda-a e suba sobre ela. E, quanto mais terra, mais você vai subindo…subindo…subindo, e aprendendo a sair do poço.

domingo, 2 de dezembro de 2012

O Advento e seu significado

O Advento é um dos tempos do Ano Litúrgico e pertence ao ciclo do Natal. A liturgia do Advento caracteriza-se como período de preparação, como pode-se deduzir da própria palavra advento que origina-se do verbo latino advenire, que quer dizer chegar. Advento é tempo de espera d’Aquele que há de vir. Pelo Advento nos preparamos para celebrar o Senhor que veio, que vem e que virá; sua liturgia conduz a celebrar as duas vindas de Cristo: Natal e Parusia. Na primeira, celebra-se a manifestação de Deus experimentada há mais de dois mil anos com o nascimento de Jesus, e na segunda, a sua desejada manifestação no final dos tempos, quando Cristo vier em sua glória.


Na coroa, também são colocadas quatro velas referentes a cada domingo que antecede o Natal. A luz vai aumentando à medida em que se aproxima o Natal, festa da luz que é Cristo, quando a luz da salvação brilha para toda humanidade. Quanto às cores das quatro velas, quase em todas as partes do mundo é usada a cor vermelha. No Brasil, até pouco tempo atrás, costumava-se usar velas nas cores roxa ou lilás, e uma vela cor de rosa referente ao terceiro domingo do Advento, quando celebra-se o Domingo de Gaudete (Domingo da Alegria), cuja cor litúrgica é rosa. Porém, atualmente, tem-se propagado o costume de velas coloridas, cada uma de uma cor, visto que nosso país é marcado pelas culturas indígena e afro, onde o colorido lembra festa, dança e alegria.

Pe. Agnaldo Rogério dos Santos
Reitor dos Seminários Filosófico e Teológico
da Diocese de Piracicaba